O aluno precisa ser o personagem principal dessa novela chamada construção do conhecimento. A partir dessa afirmação, Vygotsky justifica a necessidade de interação social no processo de aprendizagem. Abra o baú das suas lembranças, onde você vem guardando suas aprendizagens e reflita as possibilidades na construção do conhecimento no curso de Educação a Distância.
Produzir conhecimentos tem o significado de processo, de reflexão permanente sobre os conteúdos aprendidos buscando analisá-los sob diferentes pontos de vista; significa desenvolver a atitude de curiosidade científica, de investigação da realidade, não aceitando como conhecimentos perfeitos e acabados os conteúdos transmitidos pela escola. (LOPES, 1992, p. 22).
O conhecimento não é transmitido ou adquirido, como se fosse um objeto ou uma mercadoria. Ele é construído, porque a realidade é o sentido que fazemos do mundo e do seu fenômeno. Portanto, tem que ser significativo para o sujeito, para você. Mas este “sentido”, que é pessoal, não significa que seja individual. Você o compartilha com outros na sociedade, é resultado das interações, de diálogos com você mesmo e com os outros. Mas, quem realiza a aprendizagem é o próprio sujeito, é você.
O conhecer, portanto é o processo de construção que se dá na relação do sujeito (que conhece) com o entorno físico e social (que é conhecido) e que deve ser significativo para o sujeito. A aprendizagem, daí se deduz, vai depender de suas condições (bagagem hereditária, motivação e interesse) como das condições do meio. Depende de você, do professor, do tutor, da Instituição, das condições sociais, econômicas, culturais e que todos esses sujeitos se encontram.
“Aprender não se resume em aprender coisas […] trata-se de uma rede ou teia de interações neuronais extremamente complexas e dinâmicas, que vão criando estados gerais qualitativamente novos no cérebro humano (HASSMANN, 1998, p.40).”
Segundo Preti (2005), a aprendizagem pode transpor a distância temporal ou espacial fazendo recursos às tecnologias “unidirecionais” (um-a-um), como o livro, o telefone ou a tecnologia digital que é “multidirecional) (todos-todos), eliminando a distância ou construindo interações diferentes daquelas presenciais.
Mas, muito mais do que correndo à mediação tecnológica, é a relação humana, o encontro com o(s) outro(s) que possibilita ambiência de aprendizagem. A aprendizagem e educação são processos presenciais, exigem o encontro, a troca, a cooperação, que ocorrem mesmo quando os sujeitos estão “a distância”.
Fonte: Portal da Educação