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Leonardo Gadelha destaca ‘SOS Seca’ e reforma política em entrevista na TV ALPB
Publicado em 16 de agosto de 2013
O deputado federal Leonardo Gadelha (PSC) foi o entrevistado do programa Plenário Agora, da TV Assembleia, nesta sexta-feira (16). Na oportunidade, ele destacou o trabalho da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nas ações de combate a Seca, desenvolvidas por meio da Campanha “SOS Seca”. O parlamentar, que integra o grupo de trabalho destinado a estudar e elaborar propostas referentes à Reforma Política, no Congresso Nacional, falou também sobre o tema e defendeu pontos polêmicos, a exemplo do fim do exercício da reeleição e das coligações proporcionais, além do financiamento das campanhas, entre outros.
Durante a entrevista ao jornalista Marcelo José, Leonardo Gadelha afirmou que viu com bons olhos a ação da ALPB em relação ao combate a seca. Segundo ele, o trabalho desempenhado pelo parlamento paraibano surtiu efeito direto no Congresso Nacional. Ele propôs a criação de uma comissão geral na Câmara dos Deputados para debater o problema da estiagem no Nordeste. “Praticamente, em todas as exposições foram mencionados a campanha SOS Seca da Assembleia da Paraíba”, comentou.
“O presidente Ricardo Marcelo (PEN) [da ALPB] tem se mostrado um visionário. Todos os temas que dizem respeito diretamente à população e ao desenvolvimento da Paraíba têm recebido um olhar muito atento por parte da nossa Assembleia. E, evidemente, que isso é obra do seu gestor e dos nossos deputados estaduais,” comentou.
Transposição como solução
Ainda segundo Leonardo Gadelha, o problema hídrico da região semi-árida só conseguirá ser resolvida após a conclusão da Transposição do Rio São Francisco. O deputado revelou que esteve com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, em audiência, esta semana, e que ouviu a garantia de que os eixos Leste e Norte da obra, que abastecerão as regiões do Cariri e Sertão da Paraíba, respectivamente, serão concluídos até o terceiro trimestre de 2015.
“O mais importante do que a chegada da água é a segurança hídrica que a Transposição proporcionará. Não há nenhum impacto ambiental significativo para o Rio São Francisco, mas há um impacto sócio-econômico brutal para os quatro Estados beneficiados, entre eles, a nossa Paraíba que possui o pior balanço hídrico do país”, argumentou.
Já sobre a reforma política, o parlamentar argumentou que é o Congresso Nacional precisa discutir e votar alguns pontos relevantes urgentemente, para que eles sejam sancionados pela presidente Dilma Rousseff (PT), antes do dia 5 de outubro. A medida favorecerá mudanças significativas no processo eleitoral de 2014.
O deputado ainda reconheceu que existem medidas polêmicas em torno do tem, que dificilmente entraram em vigor no ano de 2014. “O mais importante, além de promover uma reforma da legislação, é promover uma reforma dos costumes políticos com efeito para os próximos pleitos”.
Para isso, o deputado ainda defende um referendo popular, ainda no segundo semestre deste ano para que as medidas aprovadas pelo Congresso Nacional sejam submetidas a avaliação da sociedade. “O mais adequado é fazermos a reforma, sugerimos as mudanças e submetermos à avaliação das pessoas que são quem vão sentir as mudanças do nosso regime político, diretamente”, avaliou.
Fim da reeleição
Entre os pontos citados por Leonardo Gadelha durante a entrevista, esteve o fim do instituto da reeleição para cargos executivos. Segundo ele, o formato atual beneficia candidatos que, por ventura, estejam no exercício do poder, em detrimento aos seus concorrentes.
“Eu acredito que poderíamos manter o instituto da reeleição, desde que o candidato detentor do mandato fosse obrigado a pedir a desincompatibilização do cargo. Afinal de contas, ele deve fazer o mesmo se quiser ser candidato a deputado estadual, a deputado federal, a senador ou qualquer outro cargo”, pontuou.
O deputado ainda reconheceu que há um movimento crescente no Congresso Nacional, que visa acabar com a reeleição e aumentar o mandato eletivo de quatro para cinco anos.
Fim do voto secreto
Outro ponto destacado por Leonardo Gadelha foi o fim do voto secreto. A matéria, que também é fruto de discussão na ALPB, é tema de amplos debates no Congresso Nacional. Segundo o deputado, a forma de votação para a cassação de mandatos deve encerrar em 2014. Já sobre a escolha dos membros da mesa diretora e dos vetos do Poder Executivo, a pauta deve continuar em discussão.
“Na questão da escolha dos componentes da mesa, diz respeito à independência do parlamentar para que ele não possa sofrer retaliação. Mas, o mandato é de dois anos e não vejo porque manter esse voto secreto”, opinou. “Já com relação aos votos secretos relativos aos vetos, vejo que a chance do governo ser derrotado, nesse caso, torna-se muito mais fácil. Ainda é preciso uma maior discussão”, frisou.
Manifestações políticas pelo Brasil
O deputado ainda abordou sobre as manifestações políticas mês de junho representou um ponto de inflexão na história do País. Segundo ele, é preciso que a classe política passe a compreender que os conceitos e ideias têm mais força do que as pessoas. “Nós temos o hábito de viver no país a cultura do carisma político, mas é mais importante que o agente tenha conteúdo e tenha o que apresentar para a população. Acho que o pleito de 2014 será marcado pelas ideias. O que aconteceu em junho de 2013 mostra, sem lideranças claras, que as pessoas querem respostas para os seus problemas”, alerta.
A sociedade também precisa compreender o seu papel, que ela tem a arma mais poderosa, que é o direito de votar. “A população pode implantar a sua revolução, mudando os maus políticos a cada dois anos. Essa é uma arma democrática e poderosa”, destaca.
Transparência dos poderes
O parlamentar paraibano também falou sobre a transparência pública. Ele afirmou que é um caminho sem volta, que deve se intensificar em todas a áreas da administração pública. “É preciso popularizar as ferramentas de transparência entre todas as casas legislativas e demais poderes”, destaca.
Leonardo Gadelha afirmou que a política da transparência ajuda, inclusive, a escolher melhor os nossos políticos. “A população precisa saber quanto ganha o parlamentar para que ela analise, daqui há quatro anos, se a qualidade do trabalho dele merece que ele continue recebendo aqueles valores de salário”, comenta.
Texto: Ângelo Medeiros/ALPB
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