A Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, Agroecologia e Energias Renováveis da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou reunião, na tarde desta quinta-feira (23), para debater “a gestão de riscos ambientais no Estado e como estão as medidas de prevenção frente a desastres”. O evento, proposto pela deputada Cida Ramos, aconteceu no Mini Plenário “Deputado Judivan Cabral” e reuniu gestores públicos, especialistas e ambientalistas.

O pesquisador do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professor Saulo Vital, fez uma exposição, na qual abordou a Nota Técnica nº 1/2023/SADJ-VI/SAM/CC/PR, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), que trata da “atualização dos critérios e indicadores para a identificação dos 1942 municípios mais suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, enxurradas e inundações para serem priorizados nas ações da União em gestão de risco e de desastres naturais”.

O estudo inclui mais de 40 municípios da Paraíba, entre eles a capital João Pessoa, Campina Grande, Bayeux e Santa Rita. O pesquisador orienta que é preciso discutir os principais riscos que ocorrem na Paraíba e algumas outras questões necessárias como a necessidade de planos de contingência, de gestão, de prevenção e de elementos que venham a fortalecer a política de prevenção no estado, para evitar tragédia como a ocorrida no Rio Grande do Sul.

Para a deputada Cida Ramos, é fundamental discutir a questão climática, que hoje é problema da humanidade do mundo inteiro. “Na Paraíba nós temos várias situações de municípios, 44, entre eles João Pessoa, Campina Grande, Bayeux e Santa Rita, com problemas, inundações, deslizamentos, além da questão das barreiras. Então, temos que prevenir, porque a questão ambiental, os riscos ambientais, hoje são questões relativas à justiça social”, disse.

O gerente executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Juan Diego Mendonça, explicou que no que tange ao Poder Público, na Paraíba, está sendo desenvolvido um Plano de Monitoramento contra essas ameaças, esses problemas climáticos. “Está sendo formada essa parceria, juntamente com a CODATA, para que tenhamos um sistema de detecção, vamos dizer assim, de variáveis climáticas para ficar monitorando essas áreas específicas. Para prevenir e já detectar mais prioritariamente. E aí, a partir disso, a gente começa a desenvolver outros projetos de mitigação desses efeitos”, revelou.

Também prestigiaram o evento o vereador de João Pessoa, Marcos Vinicius; o professor Alexandre Sabino, da UFPB, representando o Observatório das Metrópoles; a professora Socorro Vieira, do Departamentos de Serviço Social da UFPB; Manu Correia, representando a Liga Comunitária: e a ativista climática, urbanista e designer multidisciplinar Alice Piva, Jovem Embaixadora do Acordo de Escazú (Acordo Regional sobre Acesso à Informação, Participação Pública e Acesso à Justiça em Assuntos Ambientais na América Latina e no Caribe da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL).