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CPI do Feminicídio da ALPB aprova relatório final durante reunião
Publicado em 29 de novembro de 2021A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), que investiga casos de mulheres vítimas de violência e feminicídio, realizou nesta segunda-feira (29) uma sessão para a apresentação do relatório final de trabalho. O parecer foi aprovado por unanimidade e o documento será encaminhado para votação em plenário nos próximos dias.
A CPI foi instalada em maio de 2019 com o objetivo de investigar o fenômeno no Estado e sugerir iniciativas para o enfrentamento desse tipo de crime. Teve como base o Requerimento 69/2019, de autoria da deputada Cida Ramos, que foi eleita presidente da Comissão, durante a sessão de instalação.
“Esse documento traz indicações ao seu enfrentamento, depoimentos de famílias vitimas de violência. Nós só podemos mudar essa situação quando elevarmos o valor da mulher nesse cenário. Temos que difundir esse trabalho de todas as formas possíveis, pois isso pode nos ajudar a enfrentar essa barbárie social que deve ser banida da Paraíba e do mundo”, disse a deputada Cida Ramos.
Segundo o relatório, desde o início até o dia de hoje, foram realizadas 17 sessões públicas, sendo seis presenciais, sete de forma remota e duas itinerantes, além de quatro visitas técnicas e inúmeras participações em ações dos movimentos sociais e entidades da sociedade civil que ajudaram a refletir sobre questões do tema. As cidades com maior número de vítimas foram João Pessoa e Campina Grande, que juntamente com Patos, Santa Rita e Sousa concentram 33,5% dos casos de feminicídio. Dos 176 crimes reportados, 44 ocorreram na Zona Rural.
O documento também aponta ações pontuais para potencializar a agilidade dos processos relacionados aos crimes contra a mulher.
Plano de Trabalho
Durante a reunião, a deputada Cida Ramos apresentou o plano de trabalho da Comissão, elencando objetivos, metodologia e cronologia que foram adotados. Dentre as prioridades de ações, a CPI, segundo ela, investigou os casos de feminicídio na Paraíba; relacionou o número de casos com as medidas protetivas aplicadas no estado; os casos investigados já sentenciados; e identificou se as mulheres vítimas de feminicídio receberam algum atendimento ou acompanhamento pela rede de proteção.
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