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Coronavírus: ALPB debate estratégias para proteção de pessoas com deficiência durante a pandemia

Publicado em 8 de abril de 2020

WhatsApp Image 2020-04-08 at 6.21.35 PMA Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) se reuniu, por sistema virtual de vídeo conferência, nesta quarta-feira (8), e discutiram a situação de vulnerabilidade e isolamento social das pessoas com deficiência no Estado, diante da pandemia do Coronavírus. Diversas entidades representativas do segmento, além de órgãos do poder público estadual e do Judiciário participaram do debate.

 

O objetivo da reunião também foi contextualizar estratégias de enfrentamento, que ampliem a proteção a estas pessoas, diante de um cenário de maior instabilidade social e econômico. A presidente da Comissão, a deputada Cida Ramos, ressaltou que foram debatidas diversas ações para facilitar a vida das pessoas com deficiência nesse período de isolamento, principalmente as que estão em situação de pobreza. Os deputados Raniery Paulino, Anderson Monteiro e Estela Bezerra também participaram da reunião.

 

“As pessoas com deficiência já vivem com limites, pois o conviver social já é limitado, e o medo do contágio começa a ganhar corpo nesse seguimento. Muitos estão expostos, inclusive através do cuidado, que pode ser o responsável pela contaminação. Outro risco são os com síndrome de down, que muitas vezes tem cardiopatia, além dos deficientes com mais de 50 anos.  Os autistas também estão tendo problemas, principalmente pelo estresse, já que não estão tendo reabilitação”, disse Cida Ramos.

 

A presidente da Funad, Simone Jordão, destacou que, apesar de ter paralisado os serviços, a Fundação tem buscado orientar as famílias a distância. Ela acrescentou que uma das dificuldades é que muitos funcionários atuam na linha de frente na luta contra o vírus. “Temos que buscar alternativas e fortalecer ações para que essas famílias não fiquem sem atendimento. Estamos fazendo uma orientação a distância, mas sabemos que precisamos mais que isso. Essa discussão foi excelente para que possamos encontrar caminhos para minimizar as perdas”, afirmou.

 

A defensora Pública do Estado, Fernanda Peres, sugeriu a formação de uma rede de atendimento virtual para apoio psicológico, plataformas acessíveis de comunicação, um cadastramento para famílias com pessoas com deficiência. Além da tele consulta com profissionais de saúde, pois segundo ela, muitos não estão conseguindo pegar suas receitas de medicamentos. “Seria fundamental que essa rede fosse formada com servidores do Estado”, disse.

 

Já a coordenadora da Associação Paraibana do Autismo, Hosana Carneiro , sugeriu um auxílio das pessoas que pudessem ajudar as mães de autistas a resolverem pendências domésticas, entre outras. “Para ajudar essas mães a fazer uma feira no supermercado, por exemplo, já que os filhos não estão tendo reabilitação e elas precisam estar em casa o tempo todo para cuidar deles”, comentou.

 

A representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Suzi Belarmino, tem contribuído, apesar de ser deficiente visual, para auxiliar os colegas. ” Eu sou deficiente visual e tenho conversado com várias pessoas com deficiência que estão sem informações, pois a maioria do conteúdo não tem acessibilidade. Nós fizemos um material para ensinar aos cegos a lavar as mãos. Parece simples, mas não existia esse tipo de material”, destacou.

 

O coordenador do Comitê de Inclusão de Acessibilidade da UFPB, Rafael Monteiro, agradeceu a oportunidade de debater o tema, através da comissão da Assembleia Legislativa. “Temos um programa para atender os alunos com deficiência, que foi reestruturado para atendê-los de forma externa, o que não era feito antes. Estamos preocupados com a situação. Temos mais de 100 professores surdos na UFPB, que precisam demandar suas aulas, de interpretes. Tantos os professores têm esse atendimento, como os alunos”, disse.

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