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Especial Mês da Mulher: Reforma de acessibilidade mostra protagonismo feminino na ALPB
Publicado em 12 de março de 2019A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) retomou as atividades parlamentares, no último mês de fevereiro, após reforma para adequar o plenário José Mariz às necessidades de acessibilidade da deputada Cida Ramos e de todos os cidadãos portadores de deficiência.
A iniciativa foi fruto da reivindicação da deputada Cida Ramos, que solicitou o cumprimento integral dos direitos da pessoa com deficiência estabelecidos na Constituição Federal. A parlamentar declarou que a acessibilidade ao plenário significa mais do que o cumprimento das leis, é também a conquista do direito ao lugar de fala de todos os eleitores representados por ela.
A contribuição das mulheres na produção das melhorias na acessibilidade do plenário não parou na iniciativa da deputada Cida, desde o projeto, até a execução, a obra foi liderada por três servidoras da Casa de Epitácio Pessoa, as arquitetas Zizi Lacerda e Luciana Magalhães, e a engenheira e diretora da Divisão de Engenharia da ALPB, Carla Valéria. A estudante de arquitetura Raniere Barros também ajudou no projeto.
A diretora da Divisão de Engenharia da ALPB, Carla Valéria, relatou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que atuam na construção civil e demonstrou satisfação em liderar a equipe.
“O mercado de trabalho na área da construção civil ainda é dominado pelos homens, felizmente, este quadro está sendo revertido gradativamente com a entrada de muitas mulheres nos cursos de exatas. Mas, a credibilidade da mulher ainda é muito questionada quando está em campo, trabalhando na execução dos projetos. Ainda existe a dificuldade dos homens aceitarem a nossa liderança nesta área. Por isso, foi uma satisfação liderar esta equipe de mulheres tão competentes, as meninas se dedicaram, pensaram e trabalharam muito até chegar a este resultado rápido, eficaz e inovador”, declarou a diretora.
A arquiteta da Casa, Luciana Magalhães, ressaltou as características que tornaram a obra um desafio para a equipe e um exemplo de inovação para o país. “Os dois maiores desafios da nossa equipe foram o tempo recorde, 15 dias, e a adaptação para que qualquer pessoa pudesse adentrar no plenário. Agora, as pessoas com necessidades especiais podem circular por todo o plenário. A tribuna é ajustável para ficar em uma altura confortável, tanto para cadeirantes, como para pessoas de estatura alta. É uma inovação que agrega muito a casa. Hoje nós podemos receber todos de forma digna e igualitária”, afirmou a arquiteta.
De acordo com Zizi Lacerda, também arquiteta da ALPB, foi necessário um estudo aprofundado das normas de acessibilidade para que a equipe chegasse a esse projeto inovador. “Nós fizemos todo um estudo das normas de acessibilidade e chegamos a este resultado para melhor atender a circulação e acessibilidade do plenário. Esta é a primeira tribuna ajustável do Brasil. Inicialmente, nós pesquisamos e não achamos nada que atendesse às nossas exigências, então, criamos o projeto desta tribuna, que se mostrou muito eficiente ao atender a todos”, concluiu Zizi.
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