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Assembleia discute importância do profissional optometrista na saúde visual
Publicado em 13 de dezembro de 2018A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), através da Comissão de Saúde, Saneamento, Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutrição, realizou, nesta quinta-feira (13), uma Audiência Pública para discutir a importância e a necessidade dos profissionais optometristas para o atendimento da saúde visual da população.
O deputado estadual Frei Anastácio, autor da propositura, afirmou que a audiência teve o objetivo de dar visibilidade às reivindicações dos optometristas. “Essa sessão pública visou reunir autoridades competentes com a finalidade de discutir acerca da saúde visual na Paraíba, sobretudo, com a atuação profissional optometrista, que é responsável pela avaliação primária ocular, além de ser capacitado para identificar, diagnosticar, corrigir e prescrever soluções ópticas”, destacou.
O presidente do Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria (CBOO), Ricardo Bretas, explicou a diferença na atuação do optometrista e oftalmologista. “Nós estamos voltados para as causas de alteração do sistema visual, ou seja, do sentido, enquanto que o oftalmologista trabalha com o órgão doente, realizando cirurgias. Então, a formação difere muito, tanto que, como preconiza a Organização Mundial de Saúde, é preciso dez optometristas para um oftalmologista, dependendo do país”, esclareceu.
De acordo com a Lei Federal 12.842/2013, que reiterou o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e das Organizações Internacionais sobre a atuação do optometrista, a prescrição e adaptação de lentes de grau são atividades também de competência do optometrista, que tem formação autorizada e chancelada pelo Ministério da Educação no Brasil.
No entanto, Bretas indica que é preciso haver uma compreensão mútua entre as duas classes da área de saúde para fornecer um melhor atendimento e valorizar o papel do optometrista no país. “O problema é de corporativismo, infelizmente, e não de conhecimento científico. A oftalmologia aqui, no Brasil, passou a fazer um tipo de trabalho para o qual não se está preparado, que é esse de reconhecer erro anatômico. Portanto, o ideal seria uma lei que norteasse os limites de atuação de cada classe”, concluiu.
Também participaram da Audiência Pública o assessor jurídico do CBOO, Fábio Luiz da Cunha; o presidente do Sindicato dos Profissionais e Trabalhadores em Óptica, Contatologia e Optometria da Paraíba (Sindocop/PB), Alexandre Costa; a diretora técnica da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Helena Teixeira; o diretor da Faculdade de Saúde de Paulista (Fasup), Darilson Albuquerque; e a representante da gerência da Vigilância Sanitária de João Pessoa, fiscal sanitária Fátima Borba.
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