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Assembleia ouve representantes de movimentos de moradia em defesa do Programa Minha Casa, Minha Vida
Publicado em 25 de outubro de 2017
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quarta-feira (26), uma reunião com os representantes de movimentos em defesa de moradia popular no estado, para discutir a suspensão das diversas linhas de crédito do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
De acordo com a deputada Estela Bezerra, os grupos que lutam por moradia têm se mobilizado em função da questão da habitação, pois o segmento sofreu redução nos investimentos do orçamento de 2018 e diversos cortes nas obras que já estão em andamento.
“Essa ação de sufocamento do Minha Casa, Minha Vida não atinge apenas as famílias vulneráveis, mas prejudicam também a cadeia produtiva da construção civil. Esses reflexos atingem diretamente a geração de empregos e a economia do nosso estado, por isso nós precisamos reforçar a luta pelos direitos fundamentais do povo paraibano “, defendeu a deputada.
O parlamentar Anísio Maia revelou que os recursos habitacionais estão sendo suprimidos de forma gradativa, principalmente para o segmento baixa renda. “Nós somos representantes do povo e logicamente não podemos nos calar diante de tamanho absurdo. Estamos aqui ouvindo a população e vamos unir forças para iniciar um movimento político de solidariedade, com o objetivo de combater essa postura equivocada do Governo Federal”, acrescentou Anísio.
Durante a reunião, o representante da União Nacional de Moradia Popular, Alberto Freire, revelou que recentemente o presidente Michel Temer acabou com o Conselho Nacional das Cidades e assinou um decreto para contingenciar as verbas de todas as linhas dos programas habitacionais.
“Quem acompanha essas movimentações de perto sabe que o setor de habitação no Brasil está praticamente parado por conta das condições atuais do Minha Casa Minha Vida. Eu tenho visto a gravidade da situação porque estou quase todos os dias na Caixa Econômica e participo freqüentemente da Comissão de Orçamento em Brasília” declarou Alberto.
No fim do encontro, o grupo entregou uma carta aberta solicitando apoio ao movimento e um auxílio dos parlamentares junto a bancada federal para contribuir com as negociações em Brasília. ” Entendemos que além do apoio dos deputados estaduais, os nossos representantes no congresso nacional também possam reforçar essa causa, buscando pressionar o governo federal a rever as medidas e retomar o programa”, afirmou o representante do Movimento Nacional de Luta Pela Moradia, Roberto Guilherme.
No próximo dia 7 de novembro, a Assembleia Legislativa vai promover uma audiência pública com o objetivo de dar voz às partes interessadas e documentar de forma legal as principais demandas para encontrar uma solução viável a essa questão.
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