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CPI da Telefonia ouve representantes da Claro sobre prestação de serviços na Paraíba
Publicado em 23 de setembro de 2015A Assembleia Legislativa da Paraíba, através da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os danos causados aos consumidores pelas operadoras de telefonia móvel, realizou mais uma sessão pública nesta terça-feira (22) para ouvir representantes da Claro.
A sessão contou com a presença do presidente da Comissão, deputado João Gonçalves; a vice-presidente Camila Toscano; o relator Bosco Carneiro e o deputado Janduhy Carneiro, além do procurador da Assembleia, Adalberto Falcão.
O primeiro representante a falar foi Raimundo Duarte, diretor Nacional de Regulação da Claro. Ele informou que a empresa possui 25% do mercado local, sendo que 90% dos clientes da empresa são pré-pagos.
Raimundo esclareceu ainda que a Claro faturou, no ano passado, R$ 160 milhões no Estado e o valor recolhido de ICMS é de R$ 54 milhões. O representante informou também que todo o recolhimento do pós-pago é feito via nota fiscal eletrônica e no pré-pago é feito na origem. Ele avalia que a qualidade do serviço oferecido pela empresa no Estado é de qualidade e atende com folga os parâmetros da Anatel.
“Existe uma competição bastante grande no Brasil entre as operadoras. Se você não presta um bom serviço, o usuário vai para outra empresa. Graças ao órgão regulador temos que seguir várias determinações e compromissos estabelecidos”, destacou Raimundo Duarte.
Já André Barros Peixoto, diretor de Integração Regional da Claro, explicou que o regime de tributação do ICMS do pré-pago é recolhido antecipadamente na hora que a Claro fatura o chip. “Quando foram comercializados os primeiros chips pré-pagos, as secretarias de fazenda regulamentaram que a cobrança seria feita de forma antecipada”, afirmou.
André disse também que a Paraíba é um estado estratégico para a empresa e que conta com um call center em Campina Grande com 5 mil funcionários, um dos 10 do Brasil, e que recebeu investimentos de R$ 18 milhões. “Ao todo, 77 cidades são cobertas com o sinal da Claro e a empresa pretende investir R$ 17 milhões neste ano e desde 2006 R$ 173 milhões. A Claro também foi a primeira empresa a ter cobertura de 4G no Estado”, detalhou.
O presidente da CPI, João Gonçalves, aproveitou a ocasião pra relatar a situação do distrito de São José da Mata, em Campina Grande, que até hoje não pega sinal de nenhuma operadora. O parlamentar ainda alertou para a disparidade de antenas da Claro nas diferentes cidades. “Em Santa Rita tem 184 mil e a Claro só possui 4 antenas. Já em Cabedelo, são 6 antenas para pouco mais de 60 mil habitantes”, relatou.
Já o deputado Bosco Carneiro destacou que o regramento com relação à taxa de disponibilidade de antenas já devia ter feito isso há muito mais tempo, mas a Anatel só está fazendo agora depois dos Termos de Ajustamento de Conduta que estão sendo feitos nas CPIs de outros Estados.
O parlamentar ressaltou ainda que 2.673 de processos de descumprimento de obrigação preescreveram por conta de não movimentação da Anatel na Justiça. “Passar três anos de movimentar um processo é um absurdo e as operadoras estão deixando de pagar multas por conta disso”, disse.
A deputada Camila Toscano salientou que a CPI rodou todo o Estado para ouvir a população sobre a telefonia móvel. “Fizemos sessões itinerantes por toda a Paraíba e por onde passamos recebemos inúmeras reclamações sobre mal prestação do serviço, cobrança indevida e a rede ineficiente. Tem cidade em que o sinal não pega direito nem no centro”, sentenciou.
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