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ALPB discute políticas públicas de acessibilidade à água no Semiárido
Publicado em 13 de novembro de 2013A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) recebeu os representantes do Movimento Aguaceira, durante sessão especial nesta quarta-feira (13), para discutir as políticas públicas de acessibilidade à água no Semiárido paraibano. As entidades presentes entregaram um relatório com relatos da população sobre as dificuldades do acesso à água em várias cidades do Estado.
O documento foi elaborado pelos integrantes do Movimento após caravana realizada por eles onde foram relatadas as dificuldades e o sofrimento do povo com a estiagem e a falta de água. A finalidade é que os deputados, através da Mesa Diretora da Casa, encaminhem para a presidente da República Dilma Rousseff (PT) e ao Ministro da Integração Nacional Francisco José Teixeira.
O deputado Frei Anastácio (PT), autor da propositura, destacou a importância do Poder Legislativo encaminhar o ofício ao Congresso Nacional, ressaltando o trabalho realizado pela casa com a Campanha SOS Seca Paraíba que mobilizou o Estado a partir da “Caravana da Seca” que verificou in loco com a participação de deputados, autoridades civis e eclesiásticas, além de outros representantes da população, que percorreram dois mil quilômetros e visitaram mais de 50 municípios paraibanos para conhecer a situação de calamidade enfrentada pela população em decorrência da seca.
“A Assembleia Legislativa tem tido um papel importante no tocante a fazer o debate com o movimento social. Vamos encaminhar o ofício como uma ação da ALPB em apoio aos grupos que têm se preocupado com a questão da seca. O Legislativo tem a função de trazer para cá debates que são de fundamental importância para o povo. Esta discussão está interligada com todo o movimento que a Casa realizou, que foi a Caravana da Seca e que teve a importância enorme, pois foi a partir daí que se desencadeou debates no Estado junto aos movimentos sociais e ao Governo Federal”, disse o parlamentar.
A sessão foi prestigiada com apresentações de grupos de capoeira, musicais e teatrais. O integrante do Movimento Aguaceira, Ricardo Lucena, explicou que o grupo é formado por intelectuais, artistas, entidades sindicais e outras representações da sociedade civil. Ele falou sobre a expectativa do documento ser entregue não só ao Governo Federal, mas também ao Ministério Público Estadual.
“O relatório é uma síntese da nossa passagem por algumas cidades e nele temos o relato da comunidade e algumas denúncias, a exemplo da questão das várzeas de Sousa, a questão da água em Areia e a canalização da água. Esses elementos estão colocados no ofício e nós estamos pedindo providências das entidades como a Assembleia Legislativa, o Ministério Público e a Cagepa sobre os vários aspectos que estão colocados”, destacou Ricardo acrescentando que a caravana passou pelas cidades de Patos, Cajazeiras, Sumé e Campina Grande.
Sobre o Movimento Aguaceira – De acordo com o músico e compositor Adeildo Vieira, “o Aguaceira nasceu de uma inquietação dos artistas junto às entidades sindicais. “Criamos um movimento e um processo para discutir a realidade do Semiárido e a questão da acessibilidade à água. Nós temos trazido idéias e pensamentos, discutindo com as Universidades e Câmaras Municipais de algumas cidades que visitamos na caravana. Nosso objetivo é somar as incompreensões, as idéias e apontar caminhos junto às instituições”, destacou.
Texto: Alexandre Kito
Fotos: Josivan Lucena e Arnóbio Costa
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