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Audiência Pública discute presença de moradores de rua no Largo da Gameleira
Publicado em 16 de outubro de 2013A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou uma audiência pública através da Frente Parlamentar de Turismo (Parlatur), nesta quarta-feira (16), para discutir soluções sobre a situação dos moradores de ruas que estão ocupando o Largo da Gameleira, na Praia de Tambaú, em João Pessoa. De acordo com as autoridades presentes na reunião, a ocorrência tem incomodado os turistas e também atinge a população que passa diariamente pelo local, cujas reclamações estão relacionadas ao mau cheiro, consumo de drogas e brigas constantes entre os desabrigados.
A discussão na Casa Epitácio Pessoa foi solicitada pela Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes da Orla (Abrasel) e pelo Trade Turístico. A deputada Iraê Lucena (PSDB) afirmou que a finalidade foi provocar os órgãos responsáveis para encontrar formas concretas de abrigar os moradores de ruas do Largo da Gameleira e possibilitar tranquilidade para as pessoas que freqüentam o local.
“Nós pudemos explanar devidamente a real situação que tem prejudicado não só o turismo em João pessoa, mas também a tranqüilidade dos próprios habitantes da cidade. Esperamos que a partir de agora possamos ter algum impacto positivo para retirar estes moradores que estão precisando de algum abrigo, pois são pessoas carentes que não estão no lugar adequado”, disse a parlamentar.
A presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Ruth Avelino, disse que tem conversado constantemente com a prefeitura municipal da capital e destacou as dificuldades existente para a retirada dos desabrigados. “O acolhimento do morador de rua é função da prefeitura municipal e isso está na legislação. A gente tem trabalhado bastante conversando com a prefeitura de João Pessoa tentando resolver o problema, mesmo sabendo que não é fácil, pois a maioria gosta de viver lá na orla. Não podemos cruzar os braços.
A prefeitura tem realizado algumas ações para controlar o aumento do número de pessoas que vivem no lugar, porém afirma sobre as dificuldades em manter-las na Casa de Acolhida. “Fizemos ações onde foi feito o cadastro destas pessoas e muitas foram encaminhadas para a casa da acolhida, porém eles terminam abandonando e voltam para o mesmo lugar”, ressaltou Márcio de Paula, coordenador do Centro de Referência Especializada para a População em Situação de Rua.
Também presentes na audiência, os representantes da Polícia Militar do Estado alegaram que têm intensificado a realização de rondas e abordagens no local e nos arredores. “Nós temos tido uma ação bastante incisiva no que diz respeito à permanência fixa do policiamento em determinados horários visando diminuir qualquer incidência”, destacou Onierbeth Elias, comandante da Companhia Especializada em Apoio ao Turista da Polícia Militar.
Texto: Alexandre Kito
Fotos: Arnóbio Costa e Josivan Gomes
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