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Audiência Pública discute presença de moradores de rua no Largo da Gameleira

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 16:44

16.10.13 - JG_AUDIENCIA PARLATUR (3)A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou uma audiência pública através da Frente Parlamentar de Turismo (Parlatur), nesta quarta-feira (16), para discutir soluções sobre a situação dos moradores de ruas que estão ocupando o Largo da Gameleira, na Praia de Tambaú, em João Pessoa. De acordo com as autoridades presentes na reunião, a ocorrência tem incomodado os turistas e também atinge a população que passa diariamente pelo local, cujas reclamações estão relacionadas ao mau cheiro, consumo de drogas e brigas constantes entre os desabrigados.

A discussão na Casa Epitácio Pessoa foi solicitada pela Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes da Orla (Abrasel) e pelo Trade Turístico. A deputada Iraê Lucena (PSDB) afirmou que a finalidade foi provocar os órgãos responsáveis para encontrar formas concretas de abrigar os moradores de ruas do Largo da Gameleira e possibilitar tranquilidade para as pessoas que freqüentam o local.

“Nós pudemos explanar devidamente a real situação que tem prejudicado não só o turismo em João pessoa, mas também a tranqüilidade dos próprios habitantes da cidade. Esperamos que a partir de agora possamos ter algum impacto positivo para retirar estes moradores que estão precisando de algum abrigo, pois são pessoas carentes que não estão no lugar adequado”, disse a parlamentar.

A presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Ruth Avelino,  disse que tem conversado constantemente com a prefeitura16.10.13 - JG_AUDIENCIA PARLATUR (2) municipal da capital e destacou as dificuldades existente para a retirada dos desabrigados. “O acolhimento do morador de rua é função da prefeitura municipal e isso está na legislação. A gente tem trabalhado bastante conversando com a prefeitura de João Pessoa tentando resolver o problema, mesmo sabendo que não é fácil, pois a maioria gosta de viver lá na orla. Não podemos cruzar os braços.

A prefeitura tem realizado algumas ações para controlar o aumento do número de pessoas que vivem no lugar, porém afirma sobre as dificuldades em manter-las na Casa de Acolhida. “Fizemos ações onde foi feito o cadastro destas pessoas e muitas foram encaminhadas para a casa da acolhida, porém eles terminam abandonando e voltam para o mesmo lugar”, ressaltou Márcio de Paula, coordenador do Centro de Referência Especializada para a População em Situação de Rua.

Também presentes na audiência, os representantes da Polícia Militar do Estado alegaram que têm intensificado a realização de rondas e abordagens no local e nos arredores. “Nós temos tido uma ação bastante incisiva no que diz respeito à permanência fixa do policiamento em determinados horários visando diminuir qualquer incidência”, destacou Onierbeth Elias, comandante da Companhia Especializada em Apoio ao Turista da Polícia Militar.

Texto: Alexandre Kito
Fotos: Arnóbio Costa e Josivan Gomes